sexta-feira, 17 de abril de 2009

EM CARTAZ

Plauto, O FULANINHO DE CARTAGO
Grupo Thíasos do IEC


ESTREIA
TEATRO PAULO QUINTELA (FLUC)
28 DE ABRIL DE 2009 (21H)
ENTRADA LIVRE


Sinopse
Um menino de sete anos, foi raptado de Cartago. O pai deste definhou de desgosto e deixou os seus bens a um primo. Um velho misógino de Cálidon, na Etólia, comprou-o, sem saber que ele era filho de um hóspede, adoptou-o, e, antes de morrer, nomeou-o seu herdeiro. Foram depois também raptadas duas primas do jovem juntamente com a ama. Lico, um alcoviteiro, comprou-as a uns piratas e trouxe-as para a vizinhança do rapaz.
Agorástoles – assim se chama o jovem – anda perdido de amores por uma das moças, Adelfásio, sem fazer ideia de que é sua prima; e o alcoviteiro tortura o enamorado com delongas. Mas o rapaz com a ajuda de Milfião, o escravo matreiro, monta-lhe uma armadilha: deste modo, o proxeneta é, na presença de testemunhas adestradas para o efeito, implicado num suposto roubo e arrisca-se a ser arrastado diante do pretor.
Mas o desenlace é precipitado por um reconhecimento. Chega à cidade um velho cartaginês, esperto e manhoso, que descobre que o jovem é o filho do falecido primo e reencontra as filhas que havia perdido.

Encenação e tradução: José Luís Lopes Brandão

Aristófanes, AS VESPAS
Grupo Thíasos do IEC


Sinopse

Apresentadas pela primeira vez em 422 a.C., no contexto da Guerra do Peloponeso, e obra de um Aristófanes já firmemente posicionado no panorama cómico ateniense, Vespas procura testar as diversas iguarias de cómico, entre a tradição e a novidade, e tem de ser entendida como reacção ao desaire que constituiu, para o seu autor, o não reconhecimento do mérito da comédia apresentada no ano anterior, Nuvens.
No comum cenário do exterior de uma casa de Atenas, Aristófanes procura satirizar o mau funcionamento das instituições democráticas, centrando-se, sobretudo, nos tribunais, que apresenta, na pessoa de Filócleon e do próprio coro, como uma obsessão dos cidadãos mais envelhecidos, que só aí encontram a sua fonte de rendimento. Recriando-se em cena um tribunal doméstico, onde arguido e acusado são dois cães – porém representativos de dois políticos da ribalta, nesse tempo bem conhecidos –, torna-se a cada passo manifesta a corrupção que domina as instituições jurídicas do tempo.

Tradução do grego: Carlos A. Martins de Jesus
Encenação: Carlos A. Martins de Jesus
Figurinos: Luísa de Nazaré Ferreira e Maria Valente
Composição musical: José Luís Brandão
Selecção musical: Carlos Jesus
Sonoplastia: Carla Cerqueira
Luminotecnia: Rodolfo Lopes e Carlos Santos
Cenografia: Carlos Santos, José Luís Brandão e Carla Braz.
Elenco: José Luís Brandão (Filócleon), Carlos Jesus (Bdelícleon), Artur Magalhães (Xântias), Mário Gomes Pais (Sósias), Susana Bastos, (Mírtia), Carla Correia (Dárdanis), Ângela Leão (Cão Cidateneu), Bruno Fernandes, (Corifeu), Mariana Matias, Ândrea Seiça, Nélson Henrique, Carla Rosa, Nilce Carvalho, Susana Rosa, Amélia Álvaro de Campos, Miguel Sena.


Ésquilo, AGAMÉMNON
Grupo Thíasos do IEC


Sinopse
Trata-se da primeira parte da trilogia Oresteia, desse autor que viveu entre 525 e 456 a.C. – as outras partes são Coéforas e As Euménides –, a chegar completa aos nossos dias. Na tragédia em causa, o pano de fundo é o regresso dos heróis gregos que combateram em Tróia. No início da guerra, para que o seu exército alcançasse essa cidade, Agamémnon sacrificou a filha Ifigénia à deusa Ártemis, que decidiu poupar a jovem e transformá-la em sacerdotisa. Clitemnestra, a esposa de Agamémnon, supondo que Ifigénia estava morta, urdiu um plano de vingança contra o marido: tornou-se amante de Egisto, filho de Tiestes e quando Agamémnon regressou ao lar, após dez anos de ausência, participaram ambos no seu assassinato e no da princesa troiana Cassandra, que o vitorioso guerreiro havia recebido por escrava.

Encenação: Lia Nunes
Tradução do grego: Manuel de Oliveira Pulquério
Consultor: Carlos Jesus
Figurinos: Inês Santos, Maria João Antunes
Sonoplastia: Lia Nunes, Tiago Cabral, João Gaspar
Cenografia: Eduardo Conceição
Coreografia: Andreia Paixão
Luminotecnia: Carlos Santos, Lia Nunes
Com: Ângela Leão, Sónia Simões, Delfim Leão, Nélson Henrique, Patrícia Ligeiro, Amélia Álvaro de Campos, Ana Fonseca, Susana Bastos, Linda Miriam, Mário Jorge, Artur Magalhães, Carlos Jesus, Andrea Seiça e Luís Albuquerque.


AS FÁBULAS DE ESOPO
Grupo Selene de Madrid


Selene: Grupo de teatro, formado em 1980, tem como principal objectivo difundir a cultura e pensamento grego, usando a representação dramática. É formado por estudantes do Instituto de Bachillerato Carlos III de Madrid, que se propõem a fazer teatro didáctico, respeitador dos textos originais e dos seus autores, procurando sempre aproximar as suas produções daquelas que seriam levadas aos palcos da antiga Grécia.

Sinopse
O cenário é um bosque da Ática, que o mestre Esopo irá converter num espaço dedicado à aprendizagem. Esopo, acompanhado do seu cachorro, vai recebendo doze animais, mais tarde divididos em seis pares. Cada par contém dois elementos que representam valores opostos: Leão/Rã, Lobo/Ovelha, Raposa/Corvo, Macaco/Burro, Lebre/Tartaruga, Formiga/Cigarra. Esta adaptação teatral pretende explorar o carácter sapiencial e didáctico das tão famosas fábulas de Esopo, situando a acção num bosque ático.


Sófocles, ELECTRA
Grupo Selene de Madrid


Electra, como leoa ferida, encarna as mais obscuras, violentas e elementares forças da natureza. Por seu lado, o irmão Orestes representa o modelo do herói apolíneo, forte e despreocupado, belo e cheio de luz, mesmo quando, cumprindo o oráculo de Apolo, mata a mãe para vingar o assassinato de seu pai.
Em volta dos dois irmãos movem-se as demais personagens, magistralmente caracterizadas, combinadas e dispostas por Sófocles dentro de uma acção dramática que, concebida como uma caçada, avança directamente para a armadilha final em que os assassinos pagarão o seu crime. Com a morte de Clitemnestra e do seu amante Egisto, resolve-se o conflito que abre e põe em marcha a tragédia: o crime tem de pagar-se com o crime. A vingativa Némesis do morto fica assim aplacada.

M. Céu Fialho

(ficha técnica e outras informações não fornecidas pelo grupo)


Sófocles, REI ÉDIPO
Grupo de Teatro Clásico ESAD – Málaga
(Escuela Superior de Arte Dramático)



O Rei Édipo converteu-se no paradigma da tragédia Grega do século V a. C. A personagem principal, Édipo, representa a luta do ser humano por encontrar a sua própria identidade e conservar a liberdade de decisão, ainda que as suas decisões sejam erróneas e o conduzam à própria destruição.
Nas palavras de Manuel Fernández Galiano, “Edipo es el hijo de la Fortuna, el hombre que se ha hecho a sí mismo y en el que la libertad lucha bravamente con el hado”. Para encontrar a si mesmo, Édipo deverá libertar-se das amarras que o mantém sujeito a um mundo acomodado e tranquilo, que este supõe distante de um perigoso vaticínio que assombra o seu destino. Este Édipo, filho de Laio “o surdo” e neto de Lábdaco “o coxo”, parte em busca da sua origem encontrando-se com o destino que acreditava ter evitado.
Como Sófocles, também Édipo reivindica lealdade e honestidade, reagindo violentamente contra a injustiça, representada pela ambição de Creonte e a manipulação religiosa do Oráculos. É sabido que Sófocles se caracterizou pela sua discrição e por não intervir abertamente na política da sua cidade. Contudo, nesta tragédia parece sentir-se livre para expor abertamente o que pensa sobre os distintos aspectos políticos e religiosos da sociedade ateniense, dissimulando as suas intenções por trás da máscara da sua personagem.

Adaptação e encenação: Andreu
Sonoplastia: Nieves Rodríguez
Luminotecnia: Almudena Jiménez
Vestuário: Pilar Jiménez e Andreu
Desenho e fotografia: Marta Ansino, Ernesto Rodríguez Artiyo e Pedro Ortega Carnicer;
Maquilhagem: Fran Rodríguez
Canto: José Manuel Padilla.
Elenco: Garcia, Francisco Suárez, Sergio Ocaña, Fran Martín, Pilar Jiménez, Abraham Martín, Sergio Ocaña, Marta Ansino, Alicia Orea, Marta Blanco, Erika Bleda, Maialen Martín, Mónica TejHer e Carmen Titos.


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